O caso Mulher Hulk: corpo e identidade em quadrinhos
Aqui, temos a proposta de apresentar o artigo publicado por Eduardo Oliveira Ribeiro de Souza & Deise Miranda Vianna na Revista Demetra: alimentação, nutrição & saúde;
Nessa artigo, Eduardo Oliveira Ribeiro de Souza & Deise Miranda Vianna propõem-se a discutir "sobre a diferença entre o corpo da Mulher Hulk e do Hulk a partir da origem dos dois personagens, procurando encontrar fatores que justifiquem as diferenças entre eles. Além disso, o artigo apresenta o contexto e as possíveis influências da sociedade na concepção destes personagens. Com base em alguns textos sobre corpo, gênero e saúde, buscam-se as relações entre Hulk e sua versão feminina, numa perspectiva feminista. Discute-se, ainda, como a busca do corpo ideal através do uso de anabolizantes e suplementos alimentares pode ser relacionada com a Mulher Hulk. Procura-se iniciar uma reflexão sobre os elementos que caracterizam a versão feminina do Gigante Esmeralda, bem como levar novas questões para futuras discussões e trabalhos"
Texto extraído de: Demetra
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Capas das revistas analisadas extraídas de Demetra |
Conclusões dos autores:
"Um fato digno de nota e de futuros estudos sobre a Mulher Hulk é a forma com ela subverte as metalinguagens dos quadrinhos. Ela pula de um quadro para o outro, quebrando a quarta paredef . Ela quebra os quadros para pegar atalhos, ou fala e dá ordem para o narrador, leitor ou roteirista (figura 3). Os personagens que possuem esse “superpoder” têm a consciência de que seu universo é falso. Com isso, eles são capazes de realizar façanhas que seriam impossíveis dentro do Universo. Eles podem mudar a realidade e muitas vezes têm onisciência dentro do contexto da sua própria realidade falsa. Na figura acima, Jennifer Walters demite o narrador, porque ele “fala” errado. Os personagens com essa capacidade são considerados loucos ou transgressores da realidade. Por isso, a Mulher Hulk tem esse “poder”, o que pode significar duas coisas: (i) uma crítica à falta de voz das mulheres no final dos anos 70 e no início dos anos 80; (ii) ou uma crítica ao lugar-comum, que diz que as mulheres se metem em tudo. Isto é um objeto de estudo interessante para discutir, mas ficará para um próximo trabalho"
Texto extraído de: Demetra
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