ASTRONAUTA - GRAFHIC NOVEL MSP: MAGNETAR & SINGULARIADE NO ENSINO DE FÍSICA (TÓPICOS DE ASTRONOMIA)

ENSINO DE FÍSICA COM HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: O ASTRONAUTA EM MAGNETAR

Gustavo Ferraz de Barros  em seu Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Geociências e Ciências Exatas - Campus de Rio Claro, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, para obtenção do grau de Licenciado em Física. Expressa que sua  monografia tem como tema inspirador o uso de Histórias em Quadrinhos (HQ) no Ensino de Física. Os Quadrinhos são objetos que fazem parte do nosso cotidiano atual, em jornais, revistas, gibis e meios eletrônicos, e proporcionam entretenimento aos leitores. Além dessa característica, a natureza lúdica e linguística tornam tal material interessante quando aplicadas a Educação. O nosso objetivo foi o de pesquisar e analisar uma História em Quadrinhos que pudesse ser utilizada em uma aula de Física. O material escolhido foi Astronauta Magnetar de Danilo Beyruth. Com esta HQ, realizamos um minicurso com alunos das três séries do Ensino Médio, onde trabalhamos os temas Astrofísica e Eletromagnetismo. A partir dos resultados deste minicurso, elaboramos uma série de comentários e discussões a respeito
do papel das Histórias em Quadrinhos dentro de uma sala de aula, como um instrumento significativo para o Ensino de Física. Também foi possível realizar, no âmbito da parceria com o PIBID Física Rio Claro em uma das atividades desenvolvidas com uma de nossas escolas parceiras, um minicurso onde Histórias em Quadrinhos foram utilizadas. PIBID é o Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) do Governo Federal Brasileiro por meio da Fundação CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior) do Ministério da Educação. No município de Rio Claro (SP) se realizam subprojetos aprovados no Edital 2013, num grande projeto institucional da UNESP (Universidade Estadual Paulista) para o período 2014 - 2017, que compreende subprojetos de diferentes áreas do conhecimento. Um deles é o PIBID Física Rio Claro, dedicado a Iniciação à Docência de estudantes da Licenciatura em Física da UNESP, realizado no Instituto de Biociências e em duas escolas parceiras da Rede Pública Estadual, envolvendo um professor universitário (coordenador), quatorze bolsistas de graduação (bolsistas PIBID) e duas professoras da Educação Básica (supervisoras). A partir dos resultados desse minicurso, elaboramos uma série de comentários
e discussões a respeito do papel das Histórias em Quadrinhos dentro de uma sala de aula, como um instrumento adicional para o Ensino de Física.
Trecho ASTRONAUTA SPM - EM MAGNETAR


Capa ASTRONAUTA EM MAGNETAR - disponível em: https://docero.com.br/doc/5e0vvx
Nossa pesquisa caracterizou-se como qualitativa e exploratória com base em estudos de materiais bibliográficos os quais poderíamos utilizar-se para o Ensino de Física, bem como o desenvolvimento de uma sequência de ensino que pudesse ser utilizada com estudantes do Ensino Médio. Após uma pesquisa bibliográfica com HQs diversas, optamos por escolher a obra Astronauta Magnetar (figura 2), de autoria de Danilo Beyruth (BEYRUTH, 2014). O Quadrinho Magnetar foi publicado originalmente em 2012 pela Editora Panini Brasil Ltda, sendo a primeira do selo Graphic MSP. Esta Graphic Novel foi publicada em dois formatos deluxe (sendo um em capa dura e outra capa cartão), utilizando-se em ambas papel LWC ao longo de suas 82 páginas, com desenhos coloridos, com dimensões de 17 por 26 centímetros. A escolha desta Graphic Novel se deu pelo fato de seu enredo ser rico em conceitos de Física, que poderiam ser explorados quando nos tratamos de Ensino de Física, isto é, em uma atividade escolar sua utilização implica na abertura e estudo de conceitos, que ampliam as possibilidades curriculares no Ensino de Física na Educação Básica. A obra apresenta alguns cuidados no uso de conceitos científicos. Em uma nota ao final da obra, o autor do Quadrinho (Beyruth) relata que para ter precisão sobre os conceitos físicos, fez pesquisas em Astrofísica e consultou pesquisadores da área (do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo). Além disso, ao final da HQ, Beyruth inseriu um glossário de termos científicos, para auxiliar os leitores a compreenderem alguns dos termos físicos presentes na obra. Além da preocupação com a precisão conceitual, existem ainda três outros aspectos que contribuíram para a escolha desta obra para o trabalho didático. O primeiro deles é o fator plástico, com desenhos chamativos e complexos, como ilustra uma representação do espaço feita pelo autor (reproduzido na figura 3). O segundo fator é a linguagem, que é de fácil compreensão, assim como as onomatopeias. Por último, e talvez um dos fatores principais, o fato do personagem Astronauta já ser conhecido do público brasileiro, fazendo parte da infância de várias gerações. O Astronauta é um personagem originalmente concebido pelo desenhista Maurício de Souza. Astronauta Magnetar, é narrativa de uma das viagens espaciais do personagem Astronauta, dessa vez em direção a um Magnetar, uma estrela de nêutrons com elevado campo magnético. Durante a missão, o personagem passa por diversas dificuldades, culminando em uma situação dramática, a de passar 148 dias preso dentro de sua nave em meio ao espaço sideral. Durante esse período, reflexões são feitas por ele sobre sua vida, sua família e seu grande amor, que ele abandonara para viver o sonho da profissão. 





Este trabalho apresenta os resultados de aplicação de uma atividade didática utilizando a Graphic Novel Magnetarcom uma turma do 3º ano do ensino médio da rede pública estadual de São Paulo, aplicando de modo inverso a técnica DAST, elaborada por Chambers (1983), com o objetivo de permitir aos alunos identificar os signos que identificam a ciência e a figura do cientista na História. Como resultado da análise, constatamos que o uso da História em Quadrinhos de Ficção Científica em questão em uma oficina didática legitima a afirmação de que a Física pode ser ensinada através de outras ferramentas, desde que o professor esteja disposto a conduzi-las em sala de aula, o que está de acordo com a ideia proposta por João Zanetic (1989) de que “Física também é Cultura” e da análise de Nascimento Jr (2013) sobre a importância da satisfação cultural em aulas de Física que a leitura de Quadrinhos de Super-Heróis pode proporcionar ao aluno. Este trabalho se propõe a identificar o processo de reconhecimento da Ciência e da figura do Cientista por estudantes do 3º ano do ensino médio de uma escola da rede pública estadual de São Paulo por meio de uma oficina de leitura deuma História em Quadrinhos de Ficção Científica. O consumo dessa mídia por jovens em idade de formação escolar, de ambos os gêneros, deve despertar o professor para a necessidade de seu estudo. Em sua leitura, os Quadrinhos possibilitam vários tipos de interpretação, podendo veicular valores de caráter político, social e científico (Nascimento Jr, 2013). Dessa forma, os Quadrinhos devem ser vistos como uma mídia que representa um caminho de acesso às relações de comunicação entre sujeito e sociedade, podendo influenciar na visão que o jovem desenvolve sobre a Ciência e quem a pratica, impactando no seu aprendizado escolar.


Astronauta em Singularidade na alfabetização científica

Nesta Emerson Gomes e Gabriel Oliveira analisam em seu texto  Alfabetização Científica nas Histórias em Quadrinhos: Uma possibilidade com o personagem “Astronauta”, de Maurício de Souza
de que forma os produtos da cultura em massa podem alfabetizar cientificamente, neste caso específico utilizaremos histórias em quadrinhos. A obra em questão seria o “Astronauta”. Tal obra criada por Maurício de Sousa e revivida por outros autores traz para os quadrinhos a astrofísica e a ficção científica. O termo Alfabetização Científica tem cada vez mais impacto nos ambientes estudantis, podendo ser na formação dos docentes e na atuação em sala de aula. Sasseron e Carvalho (2011, p. 61-65) apresentam diversos autores para criar uma contextualização sobre o que é alfabetização cientifica e apresentar quais são as principais características dos estudantes alfabetizados cientificamente. No entanto o termo abrange inúmeras acepções. Segundo Cobern e Aikenhead a alfabetização científica “caracteriza-se por ser uma via da aprendizagem em aulas de Ciências em que o aprendizado se dá por meio da aquisição de uma nova cultura, no caso, a cultura científica, considerando os conhecimentos já estabelecidos na cultura cotidiana do indivíduo” (Cobern e Aikenhead, 1998), já de acordo com Furió, são as “possibilidades de que a grande maioria da população disponha de conhecimentos científicos e tecnológicos necessários para se desenvolver na vida diária, ajudar a resolver os problemas e as necessidades de saúde e sobrevivência básica, tomar consciência das complexas relações entre ciência e sociedade” (Furió et al, 2010), e para Chassot, o termo representa “o conjunto de conhecimentos que facilitariam aos homens e mulheres fazer uma leitura do mundo onde vivem” (Chassot, 2000). Desta forma, o objetivo desta pesquisa é analisar de que forma os produtos da cultura em massa, mais especificamente, a História em Quadrinhos “O Astronauta” criada por Maurício de Sousa e revivida por outros autores pode contribuir para a alfabetização científica do leitor. 
Texto extraído de: https://1drv.ms/b/s!Aopi44QQcJzxiOBJMQnnJBWIy4V6KA

Trecho ASTRONAUTA SPM - EM SINGULARIDADE
 

Capa ASTRONAUTA EM MAGNETAR - disponível em: https://docero.com.br/doc/s5s8v0

 

 

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