WATCHMEN: ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO DE FÍSICA, QUÍMICA E CIÊNCIAS HUMANAS

WATCHMEN: ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO DE FÍSICA & QUÍMICA

IVAN CARLO ANDRADE DE OLIVEIRA, em sua dissertação de mestrado A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NOS QUADRINHOS: ANÁLISE DO CASO WATCHMEN descreve que Watchmen surgiu de um pedido que Dick Giordano, editor da D.C., Comics fez a Alan Moore. A editora do Super-homem adquirira os direitos sobre os heróis da extinta Charlton Comics e a idéia era fazer uma minissérie em 12 partes com eles. Mas a proposta apresentada pelo roteirista era tão revolucionária que Giordano resolveu dissociá-la dos heróis da Charlton. Assim, o Capitão Átomo tornou-se o Dr. Manhattan, o Pacificador tornou-se o Comediante e o Besouro Azul contentou-se com o título de Nite Owl. O enfoque básico de Watchmen partia de uma idéia que Moore já havia experimentado em Miracleman: o que aconteceria se os super-heróis realmente existissem? Moore havia pensado nessa possiblidade quando ainda era criança e lia as paródias de Harvey Kurtzman na revista Mad: “That was a old idea that I had since I was about 11. I has Just Brought the Harvey Kurtzman Mad paperback for the first time (...) I wanted to do similar thing to the parody that Harvey had done of Superman". Mas Kurtzman usava o recurso para causar um efeito cômico e Moore pretendia, girando o parafuso, alcançar um efeito dramático. “Kurtzman did it for humurous effect, but the possibility struck me that by turning the screw the other way, it could have all sort of effects. I thought, ‘Wouldn’t it be nice to take some charming old superhero and apply the real world to him? ’”. Assim, Moore faz a pergunta: como seria um mundo sobre o qual os super-heróis realmente caminhassem? Como eles se relacionariam com os seres humanos normais, quais seriam suas angústias, que consequências isso teria? Para responder a essas perguntas, Moore lançou mão de um dos princípios da teoria do caos: o efeito borboleta. Esse conceito foi elaborado a partir da grande dependência das condições iniciais apresentadas pelos fractais. A mudança de um único número pode transformar completamente o formato de um desenho fractal. A mesma regra vale para alguns eventos não lineares. Assim, o bater de asas de uma borboleta em Pequim pode modificar o sistema de chuvas em Nova York. Moore transpôs o conceito para os quadrinhos. Se o bater de asas de uma borboleta pode ter consequências tão imprevistas, imagine se o surgimento de super-heróis... Para Moore, o mundo jamais seria o mesmo. [...] A construção em abismo é outra característica que encaixa Watchmen no grupo de obras pós-modernas. A história inicia com uma trama básica, a respeito de um matador de mascarados, e, a partir dela, desmembram-se outras tramas. Como num fractal, à medida em que nos aprofundamos, a história vai nos revelando novas complexidades. Temos ainda o uso de personagens reais (Nixon aparece na história), o pesadelo tecnológico (o mundo de Watchmen está à beira de uma guerra nuclear), o uso de citações e metalinguagem (um garoto lê, em uma banca de revistas, um gibi de piratas que pode ser considerado como uma metáfora de toda a história). Mas a principal característica pós-moderna da história parece ser a mistura do sério com o divertido. Divertido porque Watchmen é uma história de super-heróis e, em certo sentido, policial, e guarda muitas características desses dois gêneros. O caráter sério é a discussão sobre o mundo em que vivemos, sobre o que nos tornamos e sobre a ciência e a razão. Um dos postos-chave dessa discussão é o Dr. Manhattan que, graças a um acidente em um laboratório, torna-se onisciente e onipresente. Sua criação parte do princípio de que o universo é um relógio e que, sabendo-se como funcionam seus mecanismos, é possível prever sua trajetória. Essa noção do universo como um relógio remonta a Laplace, sendo uma promessa da filosofia das luzes do século XVIII. Acreditava-se que a natureza seguia regras fixas que podiam ser descobertas com o uso da razão, como no caso de um relógio. [...] A inteligência laplaciana, como uma metáfora da ciência clássica, é representada em Watchmen pelo personagem Dr. Manhattan. Manhattan é um ser superpoderoso, mas incapaz de tomar decisões que não estejam incluídas no curso dos acontecimentos. À certa altura o personagem diz: “Tudo é pré-ordenado, até minhas respostas. Todos somos marionetes, Laurie. A diferença é que eu vejo os barbantes”. Manhattan vive uma sabedoria que, ao invés de libertá-lo, torna-o prisioneiro dos acontecimentos. Essa postura o exime de responsabilidades. Quando a Terra está ameaçada por uma guerra nuclear, ele não se preocupa em intervir, já que tudo está pré-ordenado. Essa noção de uma ciência isenta e objetiva remonta ao positivismo, que acabou criando uma espécie de “religião da ciência”. Moore usa Manhattan para criticar os aspectos potencialmente nocivos da ciência, representados pela bomba atômica. Na frase de Einstein, “A liberação da bomba atômica mudou tudo, exceto nosso modo de pensar. A solução para esse problema está na cabeça da humanidade. Se eu soubesse, teria me tornado um relojoeiro”. A modernidade não cumpriu sua promessa de que um acréscimo de razão levaria a um acréscimo de felicidade. O desenvolvimento da ciência nos levou à bomba atômica, à poluição, aos alimentos cancerígenos e às experiências com animais. [...] Mas, para o cientista, o problema não está na ciência, essa pura e desinteressada. O problema está na técnica, que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal e, principalmente, na política, essa potencialmente má e nociva. Para o cientista, é a política que perverte a utilização da ciência. Entretanto, separar a ciência da política não é uma opção possível. No século passado tínhamos, é verdade, a ciência do cientista solitário, uma figura romântica e abnegada. Mas a partir da Segunda Guerra Mundial o quadro muda. Surgem os grandes projetos militares, que agregam grande quantidade de cientistas. O Estado passa a subsidiar as pesquisas visando, em geral, resultados bélicos. Essa desumanização da ciência é mostrada em Watchmen. Ao ser informado da morte de um amigo, Manhattan responde simplesmente: “Um corpo vivo e um corpo morto têm o mesmo número de partículas;
Texto extraído de: http://www.fiocruz.br/brasiliana/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=487&sid=27

Trecho de Watchmen (versão definitiva parte 1);


Na mesma linha, FÁBIO CLAVISSO FERNANDES em sua dissertação de mestrado AS ENGRENAGENS DE MANHATTAN: UTILIZANDO WATCHMEN PARA O ENSINO DE FÍSICA COM ENFOQUE CTS avança propondo que é perceptível que Watchmen e Before Watchmen – Dr. Manhattan tem vários exemplos para discutir física moderna com enfoque CTS. Apesar desta notável relação com a ciência os autores da revista não as escreveram já pensando no ensino ou se o fizeram não deixaram isso claro, por isso o problema desta pesquisa é: Como a série de revistas Watchmen e a série Before Watchmen – Dr. Manhattan podem ser utilizadas no ensino de física com enfoque CTS? [...] Ao longo da narrativa a figura do Dr. Manhattan é a que mais tem destaque, tanto por seus poderes quanto por sua natureza enigmática. O Dr. Manhattan foi um físico chamado John Osterman. Filho de relojoeiro e de origem judaica, John e seu pai fugiram da Europa durante a Segunda Guerra Mundial, sua mãe também tentou fugir mas se sacrificou atraindo para si a atenção de soldados que estavam prestes a descobrir seu filho escondido, e assim foi morta. Quando já viviam nos EUA, John e seu pai ficaram sabendo do fim da Segunda Guerra Mundial e das bombas de Hiroshima e Nagasaki, o que fez seu pai repensar o mundo em que viviam e dizer que seu filho deveria estudar física nuclear. Foi o que John fez. Como físico John participava de um projeto que estudava o campo eletromagnético das moléculas. Um dos aparelhos do local fazia testes onde o objetivo era criar uma carga elétrica tão grande que desregula este campo, fazendo com que as coisas se desintegrem. John esquece um relógio que vinha tentando consertar dentro da máquina, quando volta para buscar não dá tempo de sair, a máquina trava e John fica preso ali dentro, segundos antes do próximo teste. Não há nada que possa ser feito para parar o aparelho. John é desintegrado, fazem um funeral simbólico para ele, o caixão está vazio, não sobrou corpo para enterrar. Algum tempo depois surgem boatos de que sua alma assombra o laboratório, gritos são ouvidos no corredor, um dia um zelador vê um sistema nervoso com olhos brilhando no ar, segundos depois a aparição desaparece. Outro dia alguém vê um esqueleto com alguns músculos aparecer agonizando em dor, isto se segue por algumas semanas. Um dia os funcionários do laboratório estão almoçando e uma força eletromagnética muito intensa começa a agir no refeitório, fazendo com que pratos e talheres se movam e liberem eletricidade, então com um clarão no meio do refeitório surge a figura de um homem pairando no ar, este homem está nu, tem uma estrutura anatômica perfeita, quase idealizada e emite um brilho azulado. É John Osterman, em sua nova forma. A ideia por traz dos poderes de John é que ele seja capaz de alterar seu próprio campo eletromagnético, é como na câmara seu corpo tenha se desintegrado, porém sua mente não. Quando percebeu que era capaz de manipular os campos eletromagnéticos em um nível atômico ele percebeu que podia voltar a vida, John era filho de relojoeiro, tudo que precisava fazer era colocar as peças de volta na ordem certa. As aparições que “assombravam” o laboratório eram John aprendendo a controlar seus poderes e tentando reestruturar seu próprio corpo. A partir daí John Osterman se torna um símbolo, o departamento de defesa do governo dos Estados Unidos resolve dar para ele um nome e um símbolo (tentando fazer com que ele vista as cores da bandeira norte americana). Ele aceita o nome Dr. Manhattan (que faz alusão ao projeto Manhattan), porém ele recusa o símbolo, invés disso usa um símbolo cujo poder ele verdadeiramente admira e respeita, o átomo de hidrogênio. Entre os poderes de John estão – como mencionado anteriormente – a habilidade de modificar as moléculas de si ou de outros através do campo eletromagnético, isto também permite que John altere seu tamanho, levite, desintegre ou transporte a matéria de outros, levite objetos ou leia a mente de alguém acessando os sinais elétricos do cérebro. Além disso John não envelhece, é capaz de dividir a própria consciência em vários corpos e percebe seu passado, presente e futuro simultaneamente, o que faz com que ele pareça onisciente (porém ele só é capaz de ver aquilo que tiver de alguma forma relação com sua própria existência). Esta última habilidade proporciona em muitos momentos oportunidades para que o leitor reflita a respeito do princípio de incerteza de Heisenberg ou sobre o famoso Gato de Schrodinger. Ao longo da narrativa a figura do Dr. Manhattan é indispensável para levantar a discussão do enfoque CTS, afinal ele não é apenas um personagem de história em quadrinho, mas sim uma metáfora para a tecnologia nuclear e suas consequências em um período de grandes tensões internacionais, a Guerra Fria, além de em alguns momentos da revista ser tratado mais como um conceito do que uma pessoa. Watchmen é uma história que pode ser abordada por diversos ângulos, sendo que aqueles que aparecem em destaque são o ponto de vista histórico, social, geográfico, científico e filosófico, sendo que já existem diversas análises espalhadas pela internet ou pelas bancas. Esta pesquisa tem como enfoque a discussão científica, envolvendo a energia atômica, a radiação, a física moderna e o enfoque CTS. Estas características serão discutidas posteriormente nos capítulos quatro e cinco, sendo que o quarto capítulo tem como enfoque a física presente em Watchmen e o quinto foca na problematização CTS presente nas páginas das revistas e nas cenas do filme.
Texto extraído de: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2812/1/PG_PPGECT_M_Fernandes%2C%20F%C3%A1bio%20Clavisso_2017.pdf

Trecho de Watchmen (versão definitiva parte 2)


Ademais, MARCUS VINICIUS PERES em seu trabalho de conclusão de curso (TCC) UTILIZAÇÃO DA HISTÓRIA EM QUADRINHOS WATCHMEN, EM UMA AULA DE EQUIVALÊNCIA MASSA-ENERGIA NO ENSINO MÉDIO expressa que dentro da física moderna Watchmen pode ser trabalhado com o enfoque em massa-energia discutindo, por exemplo, os poderes do Dr. Manhattan e relacionando a popular equação desenvolvida por Einstein e apresentada no ano miraculoso da física em 1905, quando Einstein publicou quatro artigos de grande impacto na física. A relação E=mc² é sem dúvida uma das expressões mais famosas e populares da Física. Podemos facilmente encontrar sua dedução matemática nos livros mais utilizados no ensino superior, tanto no nível da chamada física básica, quanto nas temáticas de física moderna (tratando de relatividade e quântica). Em Watchmen, uma frente de conhecimento muito importante na trama é a física nuclear que está intimamente ligada com a relação massa-energia. Visto que a trama está intimamente ligada à guerra nuclear. Watchmen foi escrito por Alan Moore e adaptado para o cinema em 2009. Basicamente a obra tenta fornecer uma visão mais realista sobre o fato de super-heróis se relacionarem com pessoas, procurando amenizar as utopias presentes nesse universo. O Super Homem tem o poder de dominar o mundo, mas prefere ajudar as pessoas e combater o mal, ou seja, em raros momentos vemos os nossos famosos heróis como seres com problemas pessoais e emocionais, suscetíveis à corrupção e por vezes, maus. É bem verdade que o Homem Aranha seja um adolescente com problemas comuns a idade e Batman, Justiceiro e Wolverine façam os papéis de anti-heróis, mas não vemos esses personagens inseridos em um contexto social tão parecido com o nosso como acontece em Watchmen. Para a abordagem do conceito de física moderna, talvez o Dr. Manhattan seja um dos principais personagens existentes no universo dos quadrinhos. E nada mequetrefe como escalar paredes ou força proporcional à de uma aranha. Estamos falando de alteração estrutural da matéria, telecinésia, manipulação do espaço-tempo contínuo e muita força física. Na prática, onipotência. Bastou o surgimento desse personagem pro mundo de Watchmen divergir inteiramente do nosso. Os Estados Unidos venceram a Guerra do Vietnã e a Guerra Fria se encerrou com a vitória do Ocidente ainda nos anos 60 e não na década de 90. O dia-a-dia das pessoas foi influenciado. Entre vários prodígios científicos e tecnológicos, Manhattan também tornou possível a produção barata de carros elétricos eficientes, decretando o fim do motor à combustão. É interessante notar que devido os enormes poderes do personagem a humanidade passa a ser vista sem muita importância e o ser que até então era um cientista preocupado com seus trabalhos, ascende ao posto de um deus. Com todos esses poderes ele pode simplesmente “proteger” o mundo de possíveis ameaças. Porém surge um herói que foge aos padrões das histórias em quadrinhos. Alan Moore e Dave Gibbons criam um “super-homem” inserido em uma sociedade que sofre influência de uma guerra e esse herói combate e modifica a história simplesmente pelo fato de existir. [...] Neste trabalho em questão os quadrinhos foram utilizados por permitirem uma melhor visualização sobre determinados temas. Situações que seriam de interesse para o desenvolvimento da aula usando HQ, muitas vezes, eram muito curtas no filme comprometendo assim a estrutura da aula. A seguir encontra-se o cronograma do trabalho de conclusão de curso.
Texto extraído de: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/3900/1/CT_COFIS_2014_2_03.pdf

Trecho de Before Watchmen (Dr. Manhattan)


Ainda sobre WATCHMEN, DANIELA LINKEVICIUS DE ANDRADE em seu trabalho de conclusão de curso “QUEM FAZ O MUNDO?”: A HISTÓRIA ALTERNATIVA EM WATCHMEN (1986-1987) defende que oo enredo de Watchmen, que ocorre na cidade de Nova York, observa-se uma História Alternativa que contém seu ponto de divergência situado na Guerra do Vietnã (1955-1975). Os Estados Unidos de então contavam com a existência de vigilantes, uma espécie de super-heróis (sem superpoderes) que desde a década de 1930 haviam se reunido para lutar contra o crime e as injustiças da sociedade. Faço uma pausa aqui para ressaltar que esses vigilantes eram pessoas comuns – às vezes com mais dinheiro, às vezes com alguma habilidade física mais impressionante, mas, não obstante, ainda seres humanos com poderes limitados. O único vigilante equiparado a um deus na narrativa é o personagem de Dr. Manhattan, que originalmente era um cientista cujo nome era Jon, ligado a estudos com energia nuclear; após um acidente no laboratório, passou por uma transformação molecular, tornando-se extraordinariamente poderoso – praticamente uma arma nuclear. Até a Guerra do Vietnã, o poder de influência dos vigilantes na sociedade era imenso. De fato, neste passado alternativo, os Estados Unidos venceram a guerra, encaminhando a uma reeleição e até mesmo a um terceiro mandato do presidente Richard Nixon, já na década de 1980. A obra demonstra que sem a participação destes personagens a vitória não seria possível, explicitando sua importância para a formação do ponto de divergência da obra. Passada a guerra, os vigilantes se veem numa onda de altos e baixos, até que em 1977 o governo aprova uma lei, a chamada Keene Act, que declara que a ação de qualquer herói fantasiado deve ser submetida ao governo, ou então esses devem se aposentar. Consequentemente, qualquer atividade não-governamental, por conta própria destes heróis, torna-se ilegal. Alguns anos após isso, e, na realidade, o ponto de partida da obra, Comedian (um dos vigilantes que alia-se ao governo não apenas na Guerra do Vietnã, mas também no silenciamento do escândalo de Watergate) é assassinado. Isso faz com que o personagem de Rorschach, suspeitando de um plano arquitetado a fim de eliminar outros vigilantes, vá em busca de antigos colegas de ação, como Nite Owl, Silk Spectre, Ozymandias e Dr. Manhattan. [...] Já que Watchmen tem como um de seus backgrounds a Guerra do Vietnã, é necessário ressaltar aqui a importância que esse acontecimento teve na percepção, tanto do governo, como da população, de que uma tragédia nuclear se aproximava muito fortemente. O Vietnã, ex-colônia francesa que foi dividida em duas pelo tratado que finalizou a Guerra da Coreia, tinha conflitos internos, em que o exército comunista de Ho Chi Minh, do norte do país, contava com o apoio de numerosos seguidores na parte sul, organizados pelo grupo guerrilheiro Viet Cong. No sul, o ditador Ngo Dinh Diem governava com a ajuda militar e econômica dos EUA. Em resposta à campanha opressiva de Diem contra seus simpatizantes, o líder nortista lançou a luta armada em 1959, ganhando bastante apoio e terras no sul. Os EUA, desconfiados da habilidade de Diem em combater isso, aprovaram um golpe militar em que o governo foi substituído por uma série de juntas militares até 1967, ano em que os EUA enviaram tropas para ajudar na luta contra o norte. Esse país acreditava que, com sua poderosa capacidade militar, poderia infligir mais danos ao inimigo, forçando-o eventualmente a abandonar a guerra. É relevante analisar como a Guerra do Vietnã é tratada enquanto ponto de divergência e background para entendermos o contexto do futuro imediato ao conflito em que a obra acontece. Como já dito acima, a narrativa traz um contexto em que, graças aos “vigilantes” e, especialmente, Dr. Manhattan, a grande arma nuclear dos Estados Unidos, levaram o país a vitória. Mas é necessário destacar que, ainda que a vitória aconteça, ela não é colocada na obra como um acontecimento glorioso. Ao invés disso, ela continua a transparecer um sentimento de derrota, que, ainda que não seja um fracasso militar, é certamente uma derrota moral e deixa clara a sensação de agonia e desespero por uma guerra sangrenta, sem escrúpulos.
Texto extraído de: http://www.humanas.ufpr.br/portal/historia/files/2016/04/Monografia-DanielaLinkevicius.pdf


Capa e trecho de Watchmen (versão definitiva parte 1) disponível em: https://drive.google.com/file/d/1jd6YWAs7Gkp3MxMT5mPWk8Ex1bydwomo/view?usp=sharing

Capa e trecho de Watchmen (versão definitiva parte 2) - disponível em: https://drive.google.com/file/d/1GDe7x_1tl2GYpnMuiFccNJWTgskHHxKx/view?usp=sharing

Capa e trecho de Before Watchmen (Dr. Manhattan) - disponível em https://drive.google.com/file/d/1CK36emyGmEIoxCX5jrFHEuGC1mHq3JDj/view?usp=sharing

Histórias em Quadrinhos Watchmen



Before Watchmen completo disponível em: 
https://drive.google.com/file/d/1W7vAT6EOVj53ECRs0t2ke7HZi7Kwbdil/view?usp=sharing


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