PEDRO SOUZA: SISTEMA SOLAR EM QUADRINHOS

AVENTUREIROS ESPACIAIS: ESTUDO SOBRE O SISTEMA SOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL MENOR COM O USO DE REVISTA EM QUADRINHOS     

Nesta postagem será apresentada a dissertação de mestrado de PEDRO NERI BANDEIRA DE SOUZA desenvolvido para a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), no Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Física (MNPEF), como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Mestre em Ensino de Física, orientado pela Profa. Dra. Luciana Angelica da Silva Nunes – UFERSA. Segundo PEDRO NERI BANDEIRA DE SOUZA, o uso das revistas em quadrinhos como ferramenta didática para o ensino de ciências nas escolas é de relevante importância para que os alunos do Ensino Fundamental, pois as mesmas estão presente em seu cotidiano, principalmente nas séries iniciais. O objetivo geral desse trabalho é mostrar o uso da revista em quadrinho como ferramenta didática para o ensino e aprendizagem de ciências. Diante disso, procuramos analisar o potencial que as mesmas têm no gosto pela leitura e de forma lúdica, melhorar ainda mais o processo de ensino e aprendizagem. Com a elaboração e construção da revista em quadrinhos “Aventureiros Espaciais”, a qual relata um sonho de uma menina em viajar pelo Sistema Solar, pretendemos desenvolver nos alunos o gosto pela ciência e pela leitura. No desenvolvimento desse trabalho, procurou-se entender o contexto histórico das revistas em quadrinhos (barreiras e conquistas), e como as mesmas poderiam auxiliar no processo de ensino. Buscou-se compreender a maneira como se dá a aprendizagem significativa e perceber a diferença entre o brincar e o aprender. Em seguida se enfatizou as diretrizes do ensino fundamental, mostrando os princípios norteadores, o ensino de ciências no Brasil e a importância e o desafio de ensinar ciências. Foram ainda mencionados os procedimentos e a aplicação da revista em quadrinhos para a turma do 3° ano do Colégio Nossa Senhora da Conceição no município de Apodi – RN. Através de um questionário de aceitabilidade foi possível verificar que a revista teve boa aceitação na turma e os resultados obtidos mostraram que a prática apresentou resultado satisfatório, como consta em sondagem feita na referida turma. Texto extraído de: https://mnpes.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/94/2017/02/MNPEF-UFERSA-PEDRO.pdf

Trecho da história em quadrinhos AVENTUREIROS ESPACIAIS - disponível em:
https://www.4shared.com/office/nfo28Erwea/Astronomia-HQ.html

História em quadrinhos desenvolvida para a dissertação de mestrado

   

Dissertação de mestrado

O mundo da criança é repleto de descobertas e de momentos de diversão e entender como a criança desenvolve seu pensamento em relação ao mundo ao qual ela está inserida é uma tarefa complexa e desafiadora. A revista em quadrinho é uma expressão cultural que atinge não só o público infantil, mas também outros níveis de idade. O valor significativo que tem os personagens infantis enquanto ferramenta pedagógica é fundamental, seduzindo ainda o público adulto por relacionar situações do cotidiano sobre o mundo em que vivemos. Com características marcantes, como textos narrativos, presença de vários personagens, em um determinado local e tempo, diálogos dentro de balões, sinais de pontuação que destacam se o personagem está com raiva, alegria ou triste, presença de onomatopeias e a existência de linguagem verbal e não verbal, sempre associando as palavras com as imagens. Desse modo, uma boa parcela do público infantil começa a ter o contato com letras e desenhos por meio das revistas em quadrinhos e mesmo antes de saberem ler ou escrever já tem familiarização com os personagens por meio de estampas em suas roupas, temas de festas de aniversário, adesivos de paredes. As histórias em quadrinhos ou gibis tiveram que enfrentar durante décadas pais e educadores. “Houve um tempo no Brasil em que levar histórias em quadrinhos para a sala de aula era algo inaceitável”, que não aceitavam a linguagem e a forma lúdica como tratava os assuntos. Fazer dessa ferramenta importante para aprendizagem da criança é tornar o processo de ensino e aprendizagem prazerosa e significativo. Diante de uma aceitação inquestionável por parte das crianças, utilizá-la como ferramenta didática para auxiliar professores no ensino de ciências é motivador e para isso se faz necessário entender esse meio de produção artística, sua importância social e cultural. A escola como lugar de crescimento pessoal e social, necessita de investimentos e ferramentas inovadoras e eficazes para o desenvolvimento de uma educação de qualidade, pois tem a finalidade de transformação social e científica de cada membro nela inserida. A responsabilidade deverá ser sustentada não pela escola, mas também pela família e a sociedade. Neste trabalho buscamos apresentar como as revistas em quadrinhos poderão auxiliar o professor em determinados temas relacionado aos conteúdos de ciências, pensando-os particularmente no engrandecimento de um processo prazeroso de aprendizagem. As revistas em quadrinhos estimulam a curiosidade, aumentam o gosto pela leitura e a compressão textual. A revista “Aventureiros Espaciais” surgiu no decorrer do curso de Mestrado Profissional em Ensino de Física, pois o mesmo orienta que os seus participantes desenvolvam um produto educacional voltado para o crescimento e desenvolvimento de uma educação de qualidade. A intenção geral desse trabalho é mostrar que o uso da revista em quadrinhos como ferramenta didática pedagógica é significativamente possível no processo de ensino e aprendizagem. A intenção do uso das revistas em quadrinhos especificamente, é possibilitar ao aluno a possibilidade de contato com o mundo da leitura, compreensão, diversão, aprendizagem, contato com temas da ciência, e consequentemente atividades lúdicas que venham a proporcionar mais ainda a aprendizagem. A revista foi aplicada no Colégio Nossa Sonora da Conceição, cujo o ensino é particular, onde iniciou sua atividade no município de Apodi no de 1° de março de 1991, oferecendo apenas ensino para a Educação Infantil, com o objetivo de fornece condições que favorecessem ao aluno o desenvolvimento global e harmônico, valorizando e ampliando suas experiências pessoais (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2014/2016). A escola é amparada legalmente por lei, através do parecer N° 062/97 – Câmara de Ensino de 1° e 2° graus, tendo como portarias de Autorização 361/92 de 02/10/1992 e 391/98 de 28/07/1998. Funcionando como rede particular de ensino nos turno matutino e vespertino. Atualmente conta com 132 alunos no nível infantil de ensino, 171 alunos no fundamenta menor, 117 alunos no fundamental menor e 16 alunos no ensino médio. A escola tem como características físicas um total de 13 (treze) salas de aula, 01 (uma) sala para os professores, 01 (uma) sala para apoio pedagógico, 01 (uma) cozinha de apoio, 01 (um) banheiro masculino e 01 (um) banheiro feminino para educação infantil, 01(um) banheiro masculino e 01 (um) banheiro feminino para Ensino Fundamental e Médio, 01 (um) depósito, 01 (um) auditório para educação infantil e 01 (um) auditório para reuniões, apresentações e atividades que envolvam o Ensino Fundamental e Médio, 01 (uma) cantina, 01 (uma) portaria. A escola possui ainda uma área de acesso com rampas que facilita o direito de ir e vir dos portadores de deficiência física, além de uma ampla área para circulação da comunidade escolar. A escola trabalha com os três níveis de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, contudo nos detemos a analisar somente o Ensino Fundamental. De acordo o projeto político pedagógico, a proposta Curricular do Colégio Nossa Senhora da Conceição está pautada nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental em 9 (nove) anos, objetivando assim, estabelecer relações entre as disciplinas e os conhecimentos prévios dos discentes. Importante mencionar que a grade curricular da escola abrange dois componentes: a Bases Nacional Comum e a parte Diversificada. A revista foi aplicada em uma turma do 3° ano do Colégio Nossa Senhora da Conceição, no município do Rio Grande do Norte. O estudo realizado pode ser considerado de natureza qualitativa e quantitativa, pois se debruçou sobre os aspectos do desenvolvimento da aprendizagem, construção e o uso de revistas em quadrinhos na sala de aula e produção e teste de aceitabilidade e aprendizagem. O trabalho ora apresentado está organizado levando em consideração pontos essenciais para seu desenvolvimento. Primeiramente o mesmo trará uma revisão da literatura e subdividida em três momentos:
* Aprendizagem significativa por David Ausubel, na qual estão presentes o processo de aprendizagem significativa, o entendimento a respeito do subsunçores, a influência do material na aprendizagem significativa;
* Brincar versus aprender, mostrando a importância dos jogos no processo de ensino e aprendizagem, o sentido educacional presente, ressaltando a relação dos jogos com a aprendizagem;
*Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.
Aqui é mostrado o embasamento constitucional para o funcionamento adequado do Ensino Fundamental presente na Constituição Federal de 1988, os princípios norteadores da educação básica, bem como seus objetivos, relacionando ainda a Base Nacional Comum com os seus respectivos componentes curriculares e um breve relato sobre o ensino de ciências no Brasil. Posteriormente será abordado o desafio de ensinar ciências no ensino fundamental e a utilização da revista em quadrinhos como ferramenta pedagógica para o ensino de ciências. Uma explanação a respeito do senso comum pedagógico e as metas para atingir uma ciência viva. Na utilização da revista em quadrinhos vale ressaltar a luta histórica para vencer barreiras e preconceitos, um breve relato sobre o Código de Ética dos Quadrinhos bem como a sustentação para que as revistas em quadrinhos fossem utilizadas como ferramenta pedagógica. O professor poderá inserir as histórias em quadrinhos na sala de aula de forma positiva, dinamizando suas aulas, motivando seus alunos e conseguindo melhores resultados no processo de ensino e aprendizagem. Veremos ainda o processo de produção da revista “Aventureiros Espaciais”, bem como a aplicação do material institucional e os resultados obtidos com os testes de aceitabilidade e verificação da aprendizagem. Por fim, traremos as considerações finais do trabalho mostrando a percepção da utilização do produto desenvolvido como ferramenta didática para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, expondo considerações acerca do que se conseguiu evidenciar por meio da pesquisa bibliográfica e teste de aceitabilidade e aprendizagem, bem como fomentar a ideia de construir novas histórias em quadrinhos com temas envolvendo outros níveis de escolaridade. O que é interessante ressaltar aqui, é que mesmo em uma série do ensino fundamental, seja ela qual for, se faz necessário que os professores de ciências já apresentem a seus alunos uma linguagem científica coerente e correta. O zelo nas definições e explicações de fenômenos físicos deve ser frequente e corriqueiro, para que assim, possa assegurar que seus alunos, de fato, estejam adquirindo conhecimentos científicos. Nunca é cedo para se ensinar e quanto mais cedo se alfabetiza cientificamente uma criança, mais cedo os frutos desta alfabetização virão. Então o uso de revistas em quadrinhos de cunho científico poderia fazer parte do cotidiano escolar desde as séries do ciclo de alfabetização, a fim de que as crianças já despertassem para um aprendizado significativo de conceitos físicos.
Texto extraído de: https://mnpes.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/94/2017/02/MNPEF-UFERSA-PEDRO.pdf

 

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