TALLES PINTO: Magnetismo em Mangá - Uma proposta para Ensino de Física

Construção e Utilização do Mangá para o Ensino de Magnetismo para a 3ª Série do Ensino Médio

Este tópico versa sobre a Dissertação de Mestrado de TALLES VINÍCIUS DE OLIVEIRA PINTO apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Universidade de Brasília (UNB) no Curso de Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Física. Sob a orientação da professora Dra. Vanessa Carvalho de Andrade; Nesta, TALLES VINÍCIUS DE OLIVEIRA PINTO propõe que O mangá é uma história em quadrinhos escrita no estilo japonês e lida de trás para frente. Ele chegou ao país na década de 1960 e só a partir de 2000 que se tornou popular, em especial para a classe mais jovem da população Brasileira. No Brasil, o
ensino de Física através do Mangá surgiu a partir de 2009, como uma nova proposta de ensino. O mesmo se tornou um instrumento pedagógico que atrai a atenção dos estudantes por abordar conceitos físicos de forma bem humorada e que prende a atenção dos mesmos. O presente trabalho consiste na construção e utilização de um mangá abordando o conteúdo de Magnetismo para a 3º Série do Ensino Médio. Ele foi elaborado através de duas sequências didáticas: (i) a construção do mangá por parte dos alunos e (ii) a aplicação do mesmo para aqueles alunos que não participaram do processo de construção. O objetivo é apresentar uma nova maneira de ensinar Física, em especial o conteúdo de Magnetismo, através de uma forma artístico-cultural, próxima à realidade do adolescente. Por meio deste recurso, os alunos são levados a obter um conhecimento qualitativo acerca do Magnetismo, seguindo uma abordagem histórica. A metodologia utilizada no primeiro momento é pautada na valorização da participação do aluno no processo de ensino-aprendizagem, tendo como princípios norteadores as teorias de Paulo Freire. Desde a construção do roteiro, pesquisa dos tópicos abordados no mangá, confecção e desenho, consideramos sempre o aluno como protagonista de todo o processo. No segundo momento, a metodologia utilizada é norteada pela teoria socio interacionista de Vygotsky, valorizando e utilizando o ambiente para que o aluno construa seu conhecimento em grupo, com participação e a cooperação de todos.
Texto extraído de: https://repositorio.unb.br/handle/10482/33925

Trecho da história em quadrinhos Uma Jornada Magnética - disponível em: https://www.4shared.com/office/Yh2kBHd-iq/HQ_Uma_jornada_Magntica.html

História em Quadrinhos construída para a dissertação de mestrado


Dissertação de Mestrado de TALLES VINÍCIUS DE OLIVEIRA PINTO

Os desafios frente ao ensino de qualidade, de um modo geral, se tornam maiores a cada dia. No ensino de Física não é diferente. Segundo as Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio as dificuldades encontradas no processo ensino aprendizagem como tempo, recursos materiais, carências formativas e afetivas dos alunos e condições de trabalho dos professores que se sentem, muitas vezes, inseguros, desamparados e pouco confiantes quanto aos resultados obtidos, faz com que o ensino de Física não alcance seus objetivos de formar cidadãos contemporâneos, atuantes e solidários, com instrumentos para compreender, intervir e participar na realidade. Podemos ainda destacar que, além das dificuldades levantadas pelo PCNEM, encontramos a própria dificuldade vinculada à compreensão dos conceitos da disciplina. Muitos conceitos físicos são ainda obscuros para nossos alunos. Fazer com que eles assimilem os mesmos se tornou um desafio para o professor. Muitos alunos criam barreiras para aprender por não gostarem de Física, alegando que ela seja algo abstrato, sendo que isso não é verdade. A Física é uma das mais belas ciências que existem e sua presença é real no nosso dia a dia. Vale ponderar que grande parte dos alunos que consideram a Física como uma disciplina difícil, são alunos que carregam consigo a ideia que ela seja uma mera aplicação de fórmulas, sem conexão com o mundo real. Esses e outros pré julgamentos dificultam o interesse inicial pela disciplina. Nesse sentido cabe ao educador criar estratégias de ensino que ajudem a romper essas barreiras e superar as dificuldades encontradas durante o processo de ensino. Uma dessas estratégias é a escolha do material pedagógico e a sequência didática. Ao elaborá-las, o docente tem que procurar favorecer uma integração dos elementos contidos no material planejado com o dia a dia do educando. Os elementos entre si e com outras áreas disciplinares, bem como com aspectos históricos, tecnológicos, sociais, econômicos e ambientais, de modo a propiciar as aprendizagens significativas necessárias aos estudantes. Desde que terminei meu curso de Licenciatura em 2009 venho procurando usar metodologias de ensino que estimulassem o aluno e que tornasse o ensino de Física mais atraente. Fazer com que o aluno participe do seu processo de ensino e aprendizagem sempre esteve presente na minha prática docente. Em 2010, logo após o término do meu curso, comecei a lecionar na Escola Estadual Dom Eliseu no município de Unaí MG, onde comecei a trabalhar com aulas práticas. Nessas aulas, expunha o conteúdo e deixava que os alunos pesquisassem, confeccionassem e explicassem experimentos sobre os conteúdos propostos sempre, claro, com a minha mediação. De 2011 à 2014 passei a lecionar na Escola Estadual Delvito Alves da Silva, também no município de Unaí MG. Nesta escola, naturalmente, comecei a intensificar esses instrumentos pedagógicos de aula prática e também passei a coordenar a Olimpíada Brasileira de Física (OBF), Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) como também a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Em 2013 comecei a lecionar também, através de contrato temporário, em Brasília e em 2014, através de uma parceria entre o GDF e a UnB, juntamente com outros professores, participei de um curso de extensão (A Física e a Formação de Novos Talentos para a Ciência) oferecido pelo Instituto de Física - IF. Curso este que abriu minha mente enquanto educador e fez com que minha prática escolar sofresse uma mudança radical. Neste mesmo ano participei do projeto mineiro - Novas Práticas Escolares - Física Palpável . Este projeto colocou o aluno como protagonista do processo ensino e aprendizagem e se propôs a mostrar como a Física se encontra presente em nosso dia a dia. Além disso, mostrou como as aulas práticas tornam mais fácil a aquisição e compreensão dos conteúdos de Física. Ao iniciar a Pós-Graduação sempre tive a intenção de trabalhar o conteúdo de magnetismo utilizando as novas tecnologias na confecção do meu produto educacional. Depois de quase um semestre, e de várias reuniões com minha orientadora, ainda não tinha definido exatamente o a metodologia a ser utilizada. Após cursar a disciplina Teoria da Aprendizagem do Ensino de Física percebi que as teorias de Paulo Freire sempre estiveram presentes em minha prática docente. Sempre procurei, intuitivamente, fazer com que o aluno se tornasse responsável, juntamente comigo, pelo seu processo de ensino. No primeiro semestre de 2016, agora trabalhando em uma instituição privada, escola esta que se tornou o local da aplicação do presente trabalho, realizamos o projeto Evolução da Luz. A execução deste projeto me inspirou a convidar os alunos a nos ajudar na confecção do nosso produto educacional, parte da pesquisa realizada no Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF). A ideia foi fazer com que os alunos se tornassem protagonistas desse produto educacional, participando da sua confecção e aplicação. Escolheu-se o conteúdo de Magnetismo por sua importância dentro da Física, por fazer parte do currículo escolar e porque tanto na rede pública de ensino como na rede privada da região este conteúdo só é abordado na etapa final da 3ª Série do Ensino Médio e de forma bem superficial. Para justificar a escolha do conteúdo, foi feita uma revisão dos conteúdos sobre o mesmo, abordados nos livros didáticos indicados pelo PNLD e adotados pelas escolas da rede pública de ensino. Foram escolhidos para esta revisão os quatros livros didáticos mais votados pelos professores de Física da rede estadual de ensino da cidade de Unaí - MG 2 para serem utilizados como material didático para o biênio 2016/2017 e também o material pedagógico adotado pela instituição em que o produto foi aplicado, fazendo uma relação dos conteúdos de Magnetismo abordados. Vale ressaltar que na rede pública muitos professores confeccionam seus próprios materiais (apostilas) usando pouco, ou quase nada, o livro didático. Ainda temos o fato de que cada escola, infelizmente, adota um livro didático diferente das outras, impossibilitando, assim, um mesmo livro didático para todas as escolas. Especificamente, no livro didático adotado pela instituição de ensino onde se realizou a aplicação do presente produto, o conteúdo de Magnetismo é abordado de forma muito superficial. Daí a importância em se adotar materiais paradidáticos complementares e a utilização do Mangá como instrumento motivador de ensino vem nesse sentido. O objetivo do nosso trabalho é apresentar, além daquilo que é apresentado nos livros citados, a evolução histórica do Magnetismo e outras aplicações do mesmo como, por exemplo, sua presença nas estrelas, medicina, biologia, indústria, partículas elementares, etc. O presente trabalho consiste na construção e utilização de um Mangá que aborda o conteúdo de Magnetismo para a 3º Série do Ensino Médio. Acreditamos que esse tipo de abordagem incentiva os estudantes a se interessar e se aprofundar, inclusive quantitativamente, em estudos de tópicos vistos nessa perspectiva.
Texto extraído de: https://repositorio.unb.br/handle/10482/33925

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